quinta-feira, 25 de abril de 2013

PaperTab: o computador de papel do futuro


Embora dispositivos como smartphones e tablets provem que não é preciso ocupar muito espaço para criar um aparelho potente, qualquer produto disponível atualmente no mercado parece enorme quando comparado ao PaperTab. Desenvolvido pela Plastic Logic, o protótipo reúne o poder computacional de um desktop tradicional em uma superfície tão fina quanto uma folha de papel.
Criado em uma parceria com a Intel e a Queen’s University, o dispositivo é constituído por uma combinação de displays touchscreen plásticos com características flexíveis. Além de possuir um formato bastante inusitado (lembrando uma folha e-ink), a invenção chama a atenção por trabalhar com aplicativos de forma bastante diferente daquela a que estamos acostumados.
Segundo a Plastic Logic, mesmo na fase inicial de desenvolvimento do produto, ele já apresenta uma versatilidade invejável. Aplicando diferentes técnicas de fabricação, a empresa já é capaz de produzir painéis dos mais variados tamanhos, cuja resolução já chega a 1080p — independente das dimensões escolhidas, não há alterações no quesito espessura.

Uma nova forma de lidar com aplicativos

Uma das principais novidades trazidas pelo PaperTab é a forma como ele interage com diferentes aplicativos. Em vez de distribuir vários softwares em uma única tela, a novidade é constituída por diversas “folhas”, cada uma delas dedicada a trabalhar com uma função específica.
Essa característica única faz com que lidar com o dispositivo demonstre uma experiência bastante diferente daquelas a que estamos acostumados. Para enviar uma fotografia por mensagens eletrônicas, por exemplo, basta tocar sobre a superfície em que a imagem selecionada está aberta e em seguida selecionar o display em que um cliente de emails é executado — para enviar o arquivo, basta dobrar ligeiramente o canto superior da tela correspondente.
Ou seja, na prática o PaperTab se trata de um sistema que agrupa diversas telas ligadas entre si pelo mesmo hardware. Porém, ao contrário do que acontece em um computador equipado com diversos monitores, aqui todas as áreas possuem funções fixas, o que evita confundi-las (algo que também pode servir para diminuir a sua versatilidade).
Outro aspecto que diferencia o dispositivo de tablets convencionais é fato de que cada um de seus displays registra naturalmente sua posição em relação às demais telas e ao usuário. Assim, aplicativos passam a se comportar como pequenas partes de um mesmo mosaico, o que proporciona a integração imediata entre cada um dos softwares abertos.
PaperTab: o computador de papel do futuro(Fonte da imagem: Divulgação/Plastic Logic)
Para indicar quais janelas estão sendo usadas em determinado momento, o dispositivo aposta em uma ideia simples. Toda vez que um aplicativo é deixado de lado, ele assume a forma de um pequeno ícone semelhante ao visto em desktops tradicionais;  para que o programa reinicie suas atividades, basta aproximar-se da folha digital correspondente.

Computador transformado em papel

Segundo os desenvolvedores da ideia, o objetivo principal por trás da novidade era emular a sensação de manusear múltiplas folhas de papel. Isso permite dar mais agilidade ao processo de trabalho, já que não é preciso ficar lidando com gerenciadores de tarefas para fechar aplicativos que estão prejudicando o desempenho dos demais.
PaperTab: o computador de papel do futuro(Fonte da imagem: Reprodução/Future Technology)
“Usar várias PaperTabs torna muito mais fácil trabalhar com múltiplos documentos”, afirma Roel Vertegaal, Diretor do Laboratório de Mídias Humanas da Queen’s Lab. “Em um prazo que vai de cinco a dez anos, a maior parte dos computadores, incluindo os ultrabooks e os tablets, vai ter aparência igual à de folhas de papel colorido impresso”, complementa ele.
“Os displays plásticos flexíveis representam uma transformação completa em termos de interação com um produto. Eles permitem uma interação humana natural com papel eletrônico, se mostrando mais leves, finos e robustos quando comparados aos displays-padrão feitos de vidro. Esse é somente um exemplo dos designs inovadores que se tornam possíveis por causa das telas flexíveis”, declarou Indro Mukerjee, CEO da Plastic Logic.
PaperTab: o computador de papel do futuro(Fonte da imagem: Reprodução/Future Technology)
Segundo os responsáveis pelo projeto, as PaperTabs se mostram bastante resistentes em comparação com qualquer gadget disponível no mercado. Devido à durabilidade e flexibilidade do novo material, é possível jogar as folhas digitais em qualquer canto da casa ou carregá-las nos bolsos sem qualquer espécie de limitação — característica que também influencia na forma como elas são utilizadas, já que pequenas dobras na superfície se mostram capazes de substituir plenamente qualquer botão físico tradicional.

Projeto em fase bastante inicial

Apesar de a ideia de ter computadores baseados no PaperTab parecer promissora, vale notar que o projeto ainda está em um estágio bastante inicial de desenvolvimento. A versão atual do produto é constituída por nada menos que 10 displays flexíveis de alta resolução com 10,7 polegadas equipados com um processador Intel Core i5 de segunda geração.
Esse número surpreendente de telas só tende a aumentar conforme os desenvolvedores apostam em hardwares ainda mais poderosos. Em teoria, não haveria limite para o número de displays que poderiam ser empregados, contanto que o processador utilizado se mostrasse capaz de lidar com as múltiplas tarefas requeridas.
PaperTab: o computador de papel do futuro(Fonte da imagem: Reprodução/Future Technology)
“Estamos explorando ativamente experiências de usuário disruptivas”, afirma Ryan Brotman, pesquisador da Intel. “O projeto ‘PaperTab’, desenvolvido pelo Laboratório de Mídias Humanas, demonstra inovações interativas combinadas aos processadores Core que têm o potencial de deleitar usuários de tablet no futuro”, complementa.
Em outras palavras, a ideia de usar um computador tão fino quanto uma folha de papel equipado com múltiplas telas ainda está longe de se tornar uma realidade para a maioria das pessoas. Somente dentro dos laboratórios da Queen’s University é que o projeto se mostra acessível, em uma forma que deve diferir bastante de um possível lançamento comercial.
PaperTab: o computador de papel do futuro(Fonte da imagem: Divulgação/Plastic Logic)
Até o momento, não há qualquer previsão de quando o novo produto deve chegar aos consumidores finais. Assim como acontece com outras inovações tecnológicas, a falta de demanda e de plantas de fabricação adequadas deve fazer com que a novidade seja lançada por um valor pouco acessível — ao menos em um momento inicial.
Porém, os rumores cada vez mais fortes de que empresas como a Samsung estão investindo em tecnologias de telas flexíveis acabam deixando uma impressão otimista. Muito antes do esperado, dobrar um dispositivo como uma folha de papel para guardá-lo no bolso pode se tornar uma atividade banal de nosso cotidiano.

Qual a sua opinião?

E você, o que acha de iniciativas como o PlasticTab? Acredita que os computadores do futuro realmente vão ter uma cara totalmente diferente ou pensa que isso não passa de mera especulação da indústria? Deixe seu comentário sobre o assunto em nossa seção de comentários e não se esqueça de continuar acompanhando o Tecmundo para conferir os melhores artigos e notícias relacionados ao mundo da tecnologia.

sábado, 20 de abril de 2013

A mais rápida internet do mundo: Japão lança internet de 2 Gbps por R$ 100



O provedor de internet japonês So-net lançou um serviço de banda larga com velocidade de 2 Gbps – atualmente, a mais rápida do mundo para uso doméstico. A empresa, que faz parte do grupo Sony, começou a oferecer hoje (15) o seu serviço de fibra óptica batizada de Nuro para casas, apartamentos e pequenas empresas em Tóquio e mais seis cidades vizinhas.

O serviço vai custar 4.980 ienes por mês (100 reais, aproximadamente) em um contrato de dois anos, além de uma taxa de instalação de 52.500 ienes (por volta de 1 mil reais) que está sendo oferecida gratuitamente para quem se inscrever online.

A velocidade de upload é de 1 Gbps. O serviço inclui o aluguel de uma unidade de rede óptica (ONU, na sigla em inglês), projetada especialmente para trabalhar com altas velocidades (a ONU converte a fibra em internet banda larga).

Apoio e facilidade


O governo japonês tem apoiado fortemente as conexões de fibra para residências particulares e, como resultado, o país está agora entre os líderes mundiais da tecnologia. Cerca de 25% dos lares japoneses contam com conexões de fibra, a segunda maior taxa do mundo, atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos, com 70%.

O serviço de fibra está sendo implantado com facilidade em Tóquio porque grande parte da população mora em apartamentos "bem construídos". Segundo a própria So-net, o serviço usa o sistema de rede óptica passiva (PON, na sigla em inglês), que suporta até 2,488 Gbps.

Fonte: So-net, The Verge

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Como dominar seu computador por meio da tecla Control


Se você é uma pessoa mais experiente na utilização de computadores, já sabe que é possível utilizar diversos atalhos para ativar comandos de maneira mais rápida e prática através de vários programas, como o seu navegador, o Photoshop ou o Word — o famoso “Alt + F4” é um dos grandes exemplos disso.

No entanto, nem todo mundo sabe que a tecla Control (ou Ctrl, se você preferir) também pode ser usada para ativar muitos tipos de atalhos que vão facilitar o seu trabalho no computador. Dessa maneira, você pode escrever de modo mais eficiente ou até mesmo criar apresentações de slide mais precisas, por exemplo.

Pensando nisso, o Tecmundo preparou uma lista para você que deseja aprender a utiliza o Ctrl de maneira mais eficiente e “controlar” tudo o que está no seu Windows. Você já está curioso? Então, continue lendo este artigo para descobrir alguns dos segredos que o seu teclado estava guardando.

Realmente utilize o PC


Apesar de a grande maioria das pessoas utilizar o mouse para utilizar o computador, esse periférico nem sempre é necessário para acessar todas as funções do seu computador. Por conta disso, abaixo você pode conferir atalhos que permitem o uso da sua máquina de maneira bastante eficiente.

  • Ctrl + Esc – permite que você abra o menu Iniciar e comece a utilizar os programas do seu computador.
  • Ctrl + Shift + Esc – você vai acessar o Gerenciador de Tarefas, podendo, entre outras coisas, fechar qualquer atividade que esteja atrapalhando o funcionamento do PC.
  • Ctrl + Tab — avança para a próxima aba do seu navegador e de outros programas que trabalhem com guias internas.
  • Ctrl + Shift + Tab — tem a mesma função do atalho anterior, mas você vai “caminhar” da direita para a esquerda.
  • Ctrl + arrastar um item — ao fazer isso, você vai copiar o arquivo arrastado para onde quiser.
  • Ctrl + Shift + arrastar um item — dessa maneira, você vai criar um atalho para o arquivo ou programa em questão.
  • Ctrl + F4 — este comando, assim como o que é usado com o “Alt”, também tem a função de fechar as janelas dos programas que você está utilizando.

“Truques” comuns para programas


Como dominar seu computador por meio da tecla Control 
(Fonte da imagem: Shutterstock)
Como já era de se esperar, você pode utilizar a tecla Control para desempenhar diversas funções dentro dos seus softwares — tanto que alguns deles são de conhecimento geral, como você vai conferir a seguir.

  • Ctrl + C — copiar;
  • Ctrl + V — colar;
  • Ctrl + Z — desfazer última ação;
  • Ctrl + X — recortar;
  • Ctrl + A — seleciona todos os itens da página;
  • Ctrl + F — busca por qualquer termo que você quiser;
  • Ctrl + F12 — abrir novos documentos;
  • Ctrl + W — fecha a página atual de qualquer programa.


Úteis, mas um pouco específicos


Na listagem anterior, você conferiu comandos que podem servir para praticamente qualquer tipo de programa. Já, abaixo, você vai conhecer alguns atalhos que são mais específicos e funcionam para apenas um software — ou apenas para ferramentas do mesmo gênero, por exemplo.

  • Ctrl + D — em navegadores, adiciona o site em questão aos Favoritos;
  • Ctrl + H — abre o seu histórico de navegação nos seus browsers;
  • Ctrl + N — abre janelas novas do navegador usado no momento;
  • Ctrl + setas da esquerda ou direita — em editores de texto, transita entre palavras inteiras;
  • Ctrl + setas para cima ou para baixo — em editores de texto, permite que você vá de um parágrafo para o outro;
  • CTRL + Backspace — apaga palavras inteiras;
  • Ctrl + setas — em programas gráficos, como o Power Point, faz linhas retas ou move imagens frame por frame.
....
Depois de ler todos estes atalhos, é bem provável que você consiga manusear o seu computador de maneira eficiente utilizando atalhos que envolvam a tecla Control. É claro que não há como abranger os comandos de todos os programas, pois eles são muito específicos, mas, se você conhecer outra dica útil, deixe o seu comentário.

Fonte: Tecmundo

Remédio virtual para garantir a voz


Pesquisadores da UFRN criam software que avalia os sinais da voz do paciente e identifica prováveis patologias.

É preciso ficar atento ao som da voz. A rouquidão, por exemplo, quando persistente, sinaliza que algo não vai bem. O erro é buscar a assistência médica apenas quando o problema já está muito sério. Para facilitar o acesso da população ao diagnóstico precoce, uma equipe multidisciplinar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte está trabalhando na criação de um software que avalia os sinais da voz do paciente e aponta para as prováveis patologias. A tecnologia deverá ser acoplada a tablets e smartphones.

A nova tecnologia possibilitará identificar desvios na voz que podem sinalizar para alguns distúrbios, que vão desde nódulos nas pregas vocais até câncer na laringe. E com a utilização deste equipamento no sistema básico, será possível identificar precocemente estes distúrbios. Atualmente, este diagnóstico é feito geralmente por fonoaudiólogos, que estão em maior quantidade apenas na saúde de média e alta complexidade.

O sistema está sendo desenvolvido com o aporte da UFRN, que financiou bolsas de pesquisa. Ele funcionará utilizando um banco de vozes de pessoas doentes e normais. A partir da similaridade com a voz gravada do paciente, o software identificará se há o indício de alguma patologia da voz e, num nível mais avançado, qual a patologia. O ideal, de acordo com o professor do Departamento de Engenharia da Computação, Luiz Felipe de Queiroz, é que o banco tenha, pelo menos, 500 vozes agregadas. Hoje, há pouco mais de 100. (Ao lado um figura em: Leandro Pernambuco, Heliana Bezerra Soares e Luiz Felipe de Queiroz, pesquisadores da UFRN).

A captação dos sinais de vozes está sendo feita a partir das consultas realizada na Clínica Escola de Fonoaudiologia da Universidade Federal e daqueles pacientes encaminhados pela Otorrinolaringologia da UFRN. Com os registros que já tem, explicou Queiroz, o software já faz a classificação correta sobre a existência de alguma patologia em 96% dos casos. O índice é válido apenas quando a questão se refere a ter ou não algum problema.

Quando se parte para identificar a patologia, o índice de acertos ainda é de cerca de 80%. Espera-se, no entanto, que estes valores cresçam à medida que se conquiste a maior robustez do software. O sistema utiliza uma técnica de processamento digital de sinais, que já era empregada em outros sistemas, mas, pela primeira vez, é utilizado para identificar patologias através da comparação de vozes gravadas.

“Nós da computação geralmente criamos um problema para tentar resolver. E desta vez estamos trabalhando com um problema real que existe e o sistema terá um fim prático”, ressaltou Queiroz. A professora de Engenharia Biomédica, Heliana Bezerra Soares, também engajada no projeto, ressalta que o software foi pensando desde o início para ser compatível com várias plataformas. “Nós tivemos a preocupação de que o software funcione em qualquer sistema. Às vezes é criado um sistema que funciona apenas no Windows, por exemplo, ou na plataforma Mac.”, afirmou.

O projeto é focado não só na pesquisa e extensão, mas também contempla o ensino. O professor fonoaudiólogo Leandro Pernambuco explicou que durante o curso nem sempre os alunos têm contato com patologias raras, o que será fundamental durante a carreira profissional. Através do sistema, eles poderão ouvir as vozes com os mais variados tipos de distúrbio e praticar o diagnóstico.

“Existe algumas patologias que são mais frequentes, como nódulos, e outras que não são tantas. Então se você for procurar por um pólipo vocal, por exemplo, é muito mais raro do que encontrar um nódulo. Aí é a oportunidade para um estudante de graduação é fantástica, porque ganha no processo de ensino e aprendizagem”, explicou.

Depois de pronto, o sistema será apresentado ao poder público para que seja integrado à saúde básica. O software, em hipótese alguma, será vendido. “Estamos fazendo a nossa parte e a ideia, de fato, é que o sistema seja útil”, atestou Queiroz.

A utilização do software, no entanto, não exclui a análise de outros profissionais. A avaliação completa é multidimensional, envolve a avaliação perceptiva auditiva, envolve a avaliação de análise acústica e a associação disso tudo com o diagnóstico otorrinolaringológico.

Professores estão entre os mais atingidos

A maior parcela de pacientes que os fonoaudiologistas recebem é formada pelos profissionais da voz. São pessoas que exigem muito das cordas vocais em seu ofício. E, dentro deste grupo, os que mais se destacam são os professores. De acordo com o professor do departamento de Fonoaudiologia da UFRN, Leandro Pernambuco, um estudo recente aponta que 63% dos professores já referiram ter tido algum problema vocal. “De fato, devido ao grande uso da força vocal, é um grupo que chama muita atenção”, reforçou o especialista, lembrando que o estudo também mostrou que boa parte destas pessoas fica afastada do trabalho até cinco dias por causa da voz.

O professor explicou que o mais comum nos pacientes são as disfonias funcionais, que, na verdade, acontecem não por uma alteração orgânica, mas por um mau uso da voz. A consequência pode ser um desvio na emissão vocal, o que pode causar edema na prega vocal ou irregularidade na vibração das pregas vocais. O mais preocupante são as disfonias orgânicos funcionais, em que a mais frequente é o nódulo, conhecido como calo vocal.

A questão ainda envolve o câncer de laringe, que é a patologia mais grave ligada à voz. “O primeiro sinal é a disfonia e com o tempo ela vai piorando”, ressaltou, lembrando que a rouquidão do ex-presidente Lula já era o sinal de algum problema. O caso do petista, complementou o professor, ajudou a dar maior divulgação nacional para este tipo de câncer.

O câncer de laringe vem crescendo, já despontando entre os dez mais frequentes do país. “Se você tem uma rouquidão, uma alteração na voz, que está durando mais de 15 dias e tende a piorar; se também está associada ao problema de deglutição, porque o sistema é um só, tem que procurar um médico otorrinolaringologista, um cirurgião de cabeça e pescoço e um fonoaudiologista para saber o que é”, ressaltou o professor.

Pronto para uso até o final do ano

A expectativa é de que em seis meses o sistema já esteja sendo testado em pacientes e, até o final do ano, pronto para uso. O graduando de Engenharia da Computação, Maurício Nunes, que está desenvolvendo o software, ainda vai precisar de mais três meses para concluir o programa, dos quais um será para fazer a migração de alguns códigos.

A partir de então, ele poderá ser usado para a captação dos sinais. Neste período será estudada a possibilidade de integrar os softwares aos sinais que já existem no banco da Clínica Escola da UFRN. “O importante é manter o padrão de aquisição. Aí a gente pode integrar esse banco e ele cresce de forma mais rápida”, ressaltou o professor Luiz Felipe.

E, em seis meses, o sistema já será testado em paciente para avaliar a robustez do projeto. Por enquanto, ele só está sendo testado em vozes existentes em um banco. Até o final do ano, espera já ter viabilizado uma plataforma que possa embarcar em celular e tablets.

Fonte: Novo Jornal

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Fim da TV analógica no Brasil é adiado para 2018


O desligamento da TV analógica no Brasil, que antes estava previsto para 2016, será adiado em dois anos. O Ministério das Comunicações precisará alterar o texto do decreto que regulamenta a implantação da TV digital no país, e o processo de transição da tecnologia deverá durar três anos. O motivo da mudança é bem simples: boa parte das famílias ainda não têm conversores ou TVs digitais em casa.
A notícia chega menos de uma semana após o próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, garantir que o fim da TV analógica aconteceria no dia 30 de junho de 2016. A declaração foi feita no programa Bom Dia Ministro, transmitido pela estatal NBR.

Quando a TV digital começou a ser implantada no Brasil, em dezembro de 2007, a ideia era desligar os canais analógicos, em todo o país, no mesmo ano. Agora, a história é diferente: o início do desligamento ficará para 2015, e o fim dos canais analógicos acontecerá gradualmente, estado por estado, até 2018.

Ainda não sabemos quando cada cidade terá o sinal analógico cortado, mas o Ministério das Comunicações pretende divulgar um cronograma no próximo mês. O desligamento acontecerá antes nas grandes cidades e haverá um teste-piloto ainda este ano para “verificar eventuais falhas”.

O ministro declarou que “não podemos desligar o analógico com as pessoas recebendo televisão antiga, não vai dar certo”. Vale lembrar que o governo apresentou recentemente um programa apelidado de Bolsa Novela, que vai conceder benefícios fiscais e facilitar o crédito para a compra de TVs e conversores digitais – só que o projeto ainda está em estudo.

Com a decisão, o 4G de 700 MHz pode acabar chegando tarde para algumas cidades, já que essa faixa é usada pelas TVs analógicas que ocupam os canais 52 a 59. Entretanto, o Ministério das Comunicações afirma que a faixa já está desocupada em mais de 4,7 mil municípios brasileiros – há problemas em 885 cidades, onde os canais deverão ser remanejados.

Saiba como funciona a TV digital e as diferenças do aparelho analógico


A TV digital é gratuita? 
Sim, essa forma de transmissão é gratuita. Porém, para acessar os canais em alta definição, é necessário ter um conversor digital (set-top box) ou uma TV já adaptada e uma antena UHF. Para obter a melhor qualidade das imagens de alta definição, também é preciso ter um aparelho de TV com tecnologia Full HD (1.920 x 1.080).

Quanto se gasta para comprar esses equipamentos? 
Depende do nível de qualidade desejado. O gasto pode ficar entre R$ 200 (se o governo atingir seu objetivo de reduzir os preços) e R$ 1,1 mil, na compra do conversor digital. Se o usuário preferir qualidade digital em TV de plasma ou LCD, gastará de R$ 2 mil a R$ 270 mil. TVs modernas, com o receptor digital integrado, devem ter preço de 10% a 15% maior que os modelos correspondentes sem o receptor. Com o tempo, os preços devem diminuir.

Serei obrigado a migrar para a TV digital? 
Não, pelo menos nos próximos anos. De acordo com o decreto 5.280 (29 de junho de 2006), a transmissão analógica só deve deixar de existir em 29 de junho de 2016. Até lá, os telespectadores poderão continuar assistindo à TV com transmissão analógica.

Vou poder gravar a programação? 
Sim, mas o usuário estará sujeito às leis de direitos autorais e às regras dos detentores de conteúdo.

A TV digital também vai transmitir programas antigos? 
Sim. Os canais transmitidos digitalmente terão exatamente a mesma grade de programação que as suas versões transmitidas de forma analógica -- a imagem das “velharias” também será melhor na TV digital, pois ela elimina sombras e interferências que ocorrem durante a transmissão da emissora para as residências. Os programas já produzidos para a TV de alta definição terão melhor qualidade que os demais.

Essa nova forma de transmissão está disponível para canais a cabo? 
Não, porque tratam-se de meios diferentes: a TV digital trafega pelo ar, enquanto a outra trafega por cabos espalhados pela cidade. No entanto, a NET anunciou um decodificador que levará a seus assinantes essa transmissão em alta definição dos canais abertos.
Essa nova forma de transmissão está disponível para aqueles que têm parabólica? Não. A TV digital é uma forma de transmissão da TV chamada aberta. A transmissão por satélite (antena parabólica) já é digital, mas trata-se de um sistema diferente. Por isso, os telespectadores que usam antenas parabólicas não terão acesso à nova forma de transmissão de alta definição que estréia neste domingo (exceto se o serviço contratado esteja preparado para receber alta definição e repasse isso para o telespectador).

Todas as funcionalidades da TV digital estarão disponíveis na estréia? 
No início, a transmissão digital no Brasil terá como foco som e imagem digitais. Também na época da estréia, será possível assistir à TV em dispositivos portáteis, assim que colocados à venda no mercado. Depois, com o passar do tempo, a interatividade deve ganhar força.

O que é mobilidade?
Mobilidade é a transmissão digital para televisores portáteis, como por exemplo aqueles utilizados em veículos.

O que é portabilidade? Portabilidade é a transmissão digital para dispositivos pessoais, como PDAS e celulares.

Como será a interatividade? As possibilidades são inúmeras. Com o controle remoto, por exemplo, os usuários poderão votar, responder a testes, acessar mais informações sobre os programas e, futuramente, até comprar produtos anunciados na televisão. Tudo será feito por meio de um sistema desenvolvido no Brasil, o Ginga, que possivelmente não estará disponível nos primeiros conversores. Por isso, as possibilidades de interação devem estar disponíveis pouco depois da estréia da TV digital.

O que é multiprogramação? 
É a possibilidade de as emissoras transmitirem mais de um programa simultaneamente - ou até mesmo ângulos de câmera diferentes em um jogo de futebol. Isso dá às emissoras flexibilidade para explorar desde alta definição até vários programas dentro de um mesmo canal.

Quais as especificidades do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T)?
O padrão brasileiro para a transmissão de imagens tem como base o padrão japonês, que viabiliza a mobilidade, portabilidade e alta definição. As principais adaptações do modelo nacional estão ligadas ao tipo de compressão dos arquivos (H264) e ao desenvolvimento de um sistema de interatividade próprio (Ginga).

A tecnologia de compressão de arquivos adotada pelo Brasil, chamada H264, consegue enviar maior quantidade de dados que o modelo japonês (MPEG2) sem aumentar o tamanho do arquivo. Isso resulta em conteúdo de maior qualidade com a mesma velocidade de transmissão de dados.

Outra mudança do padrão brasileiro é a adoção do Ginga, sistema de interatividade nacional desenvolvido em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Posso comprar no exterior um equipamento para assistir à TV digital no Brasil? 
Não. O sistema de TV digital adotado será exclusivo do Brasil. Por isso, os equipamentos comprados no exterior não vão funcionar por aqui, a não ser que sejam fabricados no exterior de acordo com as especificações brasileiras. Essa restrição vale para televisores portáteis, telefones celulares, conversores digitais e aparelhos de TV com conversor integrado.

Como faço para acessar a TV digital? 
É necessário adquirir um conversor digital e ter também uma antena UHF. As emissoras de São Paulo, que realizam a transmissão analógica em VHF, terão também canais UHF para a transmissão digital. Graças a uma função chamada “canal virtual”, não será necessário decorar novos números: ao digitar 5, por exemplo, o conversor sintonizará a TV Globo transmitida digitalmente (na realidade, correspondente ao canal 18 no UHF).

Vou precisar de um aparelho novo para ver a TV digital? 
Provavelmente, não. Quase todos os aparelhos fabricados nos últimos anos têm entradas para áudio e vídeo, que são necessárias para o funcionamento do set-top box (conversor). No entanto, a qualidade das imagens varia. Se quiser tirar o melhor proveito da alta definição oferecida pela TV digital, é necessário ter uma televisão com tecnologia Full HD.

A TV digital muda o formato dos programas? 
Sim. Isso acontece porque os programas gravados e transmitidos em alta definição têm formato 16:9 (relação entre largura e altura da tela), como acontece no cinema. Na transmissão analógica, o formato é mais quadrado: 4:3. Com a TV digital, será possível ver mais áreas de uma cena nos televisores modernos - assim, as emissoras terão de se preocupar com o que aparece nas áreas laterais, que antes não eram exibidas.

Como vou assistir a programas no formato 16:9 em telas 4:3 e vice-versa? 
Se não quiser distorcer as imagens, a solução será o uso de faixas pretas nos cantos da tela, pois programas em alta definição (formato 16:9) terão como alvo os aparelhos de TV com “tela de cinema” (também 16:9). Quando um programa antigo (4:3) for exibido em uma TV moderna (16:9), as faixas pretas ficarão nas laterais. Quando um programa em alta definição (16:9) for exibido em uma TV antiga (4:3), as faixas aparecerão em cima e embaixo da tela. Todas essas opções dependerão das funções disponíveis no aparelho de TV utilizado para recepção.


Com informações: FolhaG1Ministério das Comunicações.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Anarnet: Brasil ganha órgão responsável pela autorregulação da internet


Nova entidade tem o objetivo de transformar a web brasileira em um imenso fórum de discussões.
 
Na tentativa de trazer uma maior organização à internet brasileira, neste ano entra em operação no país um novo órgão regulador. Conhecida como Anarnet (Agência Nacional de Autorregulação da Internet), a nova instituição tem o objetivo unir as opiniões de empresas, organizações não governamentais, governantes e membros da população em geral para transformar a web nacional em um grande fórum de discussões.

Embora tenha sido fundada em julho de 2011, até o momento a Anarnet funciona de forma sigilosa e não há data para que ela passe a operar de maneira completa. “Nós já temos esta resposta, mas vai ficar para o lançamento”, afirmou Coriolano Almeida Camargo, diretor-presidente da entidade. Ao que tudo indica, o novo órgão vai funcionar de forma semelhante ao Conar, responsável pela regulamentação das propagandas exibidas em território brasileiro.

“O Conar nasceu em um momento de ameaças à livre atuação do setor publicitário, e a Anarnet nasce em um contexto complexo formado por graves riscos e enormes oportunidades para o Brasil e o mundo todo”, declarou Giuliano Giova, diretor do Instituto Brasileiro de Peritos.

Apesar de alguns setores da entidade já estarem funcionando, a previsão é que a iniciativa só passe a aceitar sócios a partir do segundo semestre de 2013. Haverá diversas categorias de filiação, incluindo opções gratuitas, que permitirão a participação de diversas fatias da população.

Fonte: Tecmundo