terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mídias sociais geram novos desafios para a TI na segurança das informações

Estabelecer limites entre a esfera pessoal e profissional dos colaboradores para gerir com segurança as informações corporativas é um dos atuais desafios da TI. O uso de dispositivos móveis tem estimulado ainda mais o crescimento das redes sociais para o compartilhamento de informações, e simplesmente proibir o acesso a esses canais de comunicação na empresa está se tornando ineficaz.
Uma enquete realizada pelo Portal IT4CIO mostra que as organizações estão bem divididas quanto a liberar ou não o acesso a esses meios. Das pessoas que responderam ao questionamento, 49,31% afirmaram que não têm qualquer acesso às redes no trabalho. Entre as que dispõem de permissão para entrar nas redes, 23,28% possuem acesso livre enquanto 27,39% usam com restrições.
“Hoje as redes sociais são fatores críticos para a segurança da informação”, afirma Irajá Curts, CIO da Frimesa. Para ele, com as condições oferecidas pelo mercado, mesmo a empresa não fornecendo acesso, o funcionário adquire tais tecnologias por conta própria e com baixo custo. Na Frimesa, por exemplo, é comum que os colaboradores interajam em meios de comunicação via web durante o expediente de trabalho com recursos próprios. “Isso tira de nossas mãos algumas responsabilidades diretas, pois não usam nossa infraestrutura, mas nos preocupa muito enquanto colaborador o seu ponto de vista em tais meios de compartilhamento”, diz Curts.
De acordo com o executivo, na Frimesa todos os funcionários assinam um termo e recebem um treinamento via workshop, no qual são apresentadas as Normas de Uso de Recursos de Informática (NURI). “O NURI aponta todas as regras que devem ser observadas, e uma delas é quanto ao uso indevido ou exibição da empresa em redes sociais”.
Controle no acesso
O CIO do Sistema FIESC, Eduardo Vieira Ferrari, defende que o acesso às redes sociais não deve ser bloqueado, mas deve ser controlado. “O acesso às redes, em muitos casos, maximiza a visibilidade dos negócios. Mas o uso deste recurso para fins pessoais no horário de trabalho pode e deve ser minimizado com a definição de regras de uso da web no ambiente profissional, que podem estar inseridas no Manual de Conduta ou Código de Ética da corporação”, expõe.
Em relação ao uso de dispositivos móveis, o CIO da FIESC lista os seguintes pontos críticos: “a maior vulnerabilidade destes equipamentos aos ataques virtuais, o aumento do risco de vazamento de dados e os conflitos de política de segurança que passam a existir sempre que o dispositivo for pessoal (BYOD)”.
Vieira destaca também as principais orientações para o uso das redes sociais: “É um ambiente público, portanto, é fundamental ter cuidado ao publicar dados, comentários ou informações que podem ser vistos por qualquer um; é importante utilizar linguagem correta e apropriada, evitando qualquer termo ou referência vulgar ou ofensiva; por fim, todas as atividades em redes sociais devem estar voltadas para o ganho de produtividade da corporação”.
Embora exista o consentimento entre CIOs da importância das redes sociais e dos desafios gerados para o setor de tecnologia, as instituições se mantêm tímidas na prática. Mas, iniciativas surgem aos poucos, buscando a reformulação das Políticas de Segurança ligadas ao uso das novas ferramentas de comunicação. Conforme conclui o CIO da Frimesa, “é melhor estarmos dentro e sabendo o que acontece do que estarmos fora e tão rápido nos tornarmos vítimas de uma tecnologia que poderia ser utilizada para o nosso benefício”.
Cinco razões para se preocupar com a mídia social*
1. Aumento do risco de propagação de vírus e malware;
2. Potencial risco para a marca;
3. Risco de perda de controle sobre o conteúdo corporativo;
4. Falsas expectativas do cliente com o serviço de banda larga;
5. Possíveis violações de regras e regulamentos.
*Fonte: ISACA

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Como montar um CPD?


Antes de abordar como montar um CPD, vamos fazer uma rápida introdução. O termo CPD é bastante genérico no mundo da TI e neste artigo vamos focar sobre dicas para montar um Centro de Processamento de Dados, um local físico em qualquer empresa onde são concentrados todos os servidores e serviços de tecnologia importantes para o gerenciamento da informação. Hoje temos disponíveis CPDs de diversas proporções, desde o pequeno escritório até grandes empresas que evoluiu para o famoso datacenter. Aqui, vamos descrever algumas dicas para montar um CPD básico para suportar as necessidades de um ambiente tecnológico.
Mas, por que montar um CPD? Dentre as principais respostas, cita-se: segurança de acesso a informação, organização da estrutura de informática, aumento da disponibilidade dos serviços, boas práticas de gerenciamento da TI da empresa e até por uma questão estética (afinal ter um monte de máquinas cheias de fios e equipamentos de rede em cima de uma mesa no meio do escritório não é nada apresentável).

O espaço físico 
O tamanho do local para suportar a estrutura de TI varia de acordo com o número de servidores e de recursos humanos que possam estar trabalhando dentro do mesmo ambiente. Mas, para uma empresa com alguns servidores, uma sala de 3 metros de comprimento por 3 metros de profundidade atende bem. Em alguns locais, com um número de servidores menor, você pode ter salas ou espaços físicos menores para acomodar precisamente um ou dois racks para os equipamentos. Como sugestão, é importante garantir que haja espaço físico suficiente para que os técnicos possam se movimentar em uma eventual manutenção sem riscos de desligar algo inesperado por um problema de espaço muito limitado. Se possível, mantenha a sala sempre fechada e trancada após o expediente, para dificultar o acesso de curiosos.

A energia elétrica e nobreak
Embora os administradores de rede não tenham excelência na parte elétrica, para a montagem de um CPD pequeno sugerimos dois circuitos elétricos independentes dentro da estrutura. Com isso evitamos sobrecarregar um único circuito elétrico simples com todos os equipamentos e podemos balancear os mesmos em circuitos diferentes. Por exemplo, poderíamos ter uma sala com dois racks, com quatro servidores cada um, onde os racks são ligados em circuitos elétricos diferentes. Quanto ao nobreak, este é um equipamento indispensável para garantir a integridade do hardware e do software contra quedas na rede de energia elétrica. Falar sobre qual é o nobreak mais indicado é um assunto que renderia outro artigo, pois há muitos fatores que contam: quantidade de equipamentos e o quanto consomem de energia no total, autonomia esperada das baterias, orçamento disponível para investir nesses equipamentos. No entanto, para uma segurança simples contra quedas rápidas de energia, vale um ou dois nobreaks inteligentes, isso é, que possam desligar os servidores automaticamente quando a bateria estiver muito baixa.

A internet 
Com cada vez mais serviços críticos na nuvem, o link de Internet é um dos principais itens que compõe a infra estrutura da rede. Tanto para soluções de links de Internet de baixo custo no mercado até links corporativos dedicados, a idéia é aumentar a disponibilidade o máximo possível. Para isso, procure ter sempre dois links de Internet disponíveis no seu ambiente, configurados em um roteador que tenha recursos de balanceamento de carga e auto fail-over, ou seja, que possam repassar toda a demanda de link de Internet da rede interna para um link secundário em caso de indisponibilidade de um link primário. Na questão do cabeamento no CPD, certifique-se que a provedora do link de Internet possa conduzir o cabo de internet junto com o modem até o espaço físico designado. Caso eles não façam isso, você pode contratar os serviços de um especialista em cabeamento estruturado de rede.

A temperatura ambiente
Para um ambiente pequeno, pelo menos um ar-condicionado que forneça temperatura média de 18° C na sala do CPD. Se houver a possibilidade de um ar-condicionado secundário será muito válido para casos de algum problema no ar principal. Importante reforçar que o tipo de equipamento e a temperatura podem variar de acordo com o número de equipamentos e a quantidade de calor que é emitida, por isso, em caso de muitos equipamentos, procure um especialista que possa recomendar qual aparelho é mais indicado para suas necessidades. Solicite que a instalação do ar-condicionado não seja feita acima do rack que suportará os serviços, pro caso de algum vazamento não danificar os equipamentos. Caso não seja possível, mude a posição do rack(s).

O rack 
O rack, feito geralmente de ferro, aço ou outros metais, é um suporte para acomodar todos os seus servidores, equipamentos de rede (switch, roteador), periféricos (monitor, teclado, unidade de backup). Há diferentes tamanhos e acessórios disponíveis. Uma boa solução são os racks de 40 Us, o que equivale a 2,2 metros de altura e com até 1 metro de profundidade. Esta medida suporta nobreak, quatro servidores de torre, monitor e outros periféricos, e alguns equipamentos de rede além de manutenção simples. Mas este tamanho pode variar de acordo com o número de servidores e o tipo deles, por exemplo, um servidor projetado para rack ocupa bem menos espaço que um servidor de torre, embora possam custar 20% ou mais em relação ao modelo padrão. Outros recursos importantes ao adquirir um rack é verificar se possui quatro ou oito réguas de energia já fixadas, bandejas móveis, cooler de exaustão no topo do rack pra dissipar o calor gerado internamente. Para aquisição, é muito comum a empresa especializada em cabeamento estruturado ter parcerias com o fabricante deste produto. Assim, a cotação, compra e montagem geralmente é intermediada por quem cuidada do cabeamento da sua rede.

Conclusão
Ensinamos como montar um CPD de forma simples – preparar a instalação de um CPD básico não é difícil. A definição do espaço físico, energia elétrica, ar condicionado, internet, rack e cabeamento de rede são os elementos básicos de infra estrutura para poder ligar os servidores que gerenciam sua informação com tranqüilidade e segurança. A última dica é conseguir integrar todas as partes envolvidas no momento de iniciar a tarefa, pois você vai precisar de eletricista, técnico em ar condicionado, especialista em cabeamento e telefonia, o administrador da rede ou a empresa gestora da sua TI. Aliás, uma boa prestadora de serviço de TI possui sempre profissionais especializados que podem gerenciar o projeto de implantação do seu CPD, integrando todas as partes envolvidas.

Fonte:  Penso

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Memórias flash 3D chegam ao mercado

Cada chip de memória flash 3D possui até 24 pastilhas sobrepostas,
cada uma com até 16 GB de capacidade, em um chip que tem
 quase a mesma espessura das memórias flash atuais.[Imagem: Samsung]
A Samsung anunciou que está colocando no mercado as primeiras memórias flash construídas com tecnologia 3D.
Segundo a empresa, a tecnologia 3D V-NAND (NAND vertical 3D) quebra os limites atuais para a miniaturização de cartões de memória, pendrives e discos de estado sólido (SSDs).
As memórias flash 3D alcançou uma densidade de armazenamento de 128 gigabits graças a uma tecnologia proprietária para fazer as conexão entre as pastilhas sobrepostas.
Cada chip de memória flash 3D possui até 24 pastilhas sobrepostas, cada uma com 16 GB de capacidade.
Grosso modo, mantendo as dimensões dos chips atuais, isso significa que as memórias 3D permitirão o lançamento de celulares ou câmeras com uma capacidade de, no mínimo, 384 GB.
Memórias flash
Um dos maiores sucessos da eletrônica nas últimas décadas, as memórias flash têm sido construídas em estruturas planares, como os demais circuitos integrados.
Conforme a tecnologia de fabricação se aproxima da classe dos 10 nanômetros, a indústria começou a ver que estava próxima do limite de miniaturização, devido à interferência entre as células de memória, que provoca perda confiabilidade na retenção dos dados das células flash NAND.
Praticamente todas as empresas de microeletrônica estão trabalhando no desenvolvimento de chips 3D para superar essa e outras restrições à miniaturização.
Na tecnologia desenvolvida pela Samsung, uma carga elétrica é colocada temporariamente em uma câmara de retenção na camada não condutora da memória, que é feita de nitreto de silício (SIN), em vez de usar as tradicionais portas flutuantes para evitar interferência entre as células vizinhas.
Além da miniaturização, houve um ganho substancial de velocidade e um aumento na confiabilidade, entre 2X e 10X, segundo a empresa.

Fonte: Inovacaotecnologica

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Redes 4G provocam tsunami de dados


Quem anda por aí com seu smartphone na mão está surfando no novo mundo das redes 4G, em que uma nova infraestrutura de Telecom dá vazão a um enorme tráfego de dados, muito mais do que voz. 
Pesquisas da Wireless Intelligence apontam para o fato de que, até 2018, as redes móveis de banda larga 3G e 4G deverão representar 50% de todas as conexões móveis do mundo. O pleno uso das redes 4G, no entanto, exige profundas mudanças nos ambientes das operadoras.
Para realizar a migração de um ambiente centralizado na voz para um ambiente centralizado em dados, as operadoras de telecomunicações enfrentam vários desafios. Um dos mais críticos é a questão do gerenciamento da sinalização, que irá crescer bastante.
Cada novo serviço adicionado ao portfolio das operadoras, de pacotes simples de dados, até novas possibilidades como mobile VoD, irá gerar mais e mais sinalização na rede, em grande parte Diameter. Esta sinalização determinará desde a rota, até o tratamento/prioridade que será dado a esse serviço, seja um simples torpedo, seja um vídeo. O crescimento exponencial da comunicação de dados em redes móveis é acompanhado por igual evolução em termos de sinalização. Não há como garantir a qualidade dos serviços oferecidos pelas redes 4G sem, antes, equacionar o enorme desafio de gerenciar este volume de sinalização crescente. O mercado enfrenta, portanto, dois tsunamis: o enorme crescimento do tráfego de dados e do tráfego de sinalização.
Esta questão é ainda mais desafiadora quando se pensa que a sinalização está passando por uma grande revolução. Protocolos legados, das décadas de 1970 e 1980, estão dando lugar a novos protocolos e interfaces, especialmente no caso do Radius, que passa a ser substituído pelo Diameter, um novo protocolo de sinalização muito mais adequado à capilaridade e variedade de novos serviços possíveis apenas nas redes 4G.
Uma análise do Diameter Signaling
Não por acaso, à medida que as redes LTE conquistam o Brasil, muitos debates estão acontecendo sobre a necessidade premente de gerenciar a sinalização, em particular o Diameter, o protocolo de sinalização que mais será utilizado nos “cores” das operadoras.
Antes de abordarmos os aspectos práticos do gerenciamento do Diameter em redes 4G LTE, vale a pena entender como chegamos ao momento atual.
Em 1980, o protocolo de sinalização SS7 (Signaling System Nº.7) foi lançado pela ITU (International Telecommunications Union) para controlar as sessões de chamada telefônica por meio de conectividade ponto a ponto. Somente depois que os problemas de escalabilidade e gerenciamento ficaram evidentes, a necessidade de gerenciamento centralizado ficou clara e uma nova entidade de rede chamada Signal Transfer Point (STP) foi lançada para gerenciar, conectar e rotear o tráfego SS7.
O SIP (Session Initiation Protocol), o protocolo de comunicação para dar suporte a chamadas de voz pela Internet, tem origens semelhantes. Originalmente, o SIP tinha a finalidade de conectar entidades de rede ponto a ponto, o que perdurou por algum tempo, até a evolução dos requisitos de gerenciamento, interoperabilidade e roteamento e o lançamento do Session Border Controller (SBC) em 2003 para manipular e resolver problemas de gerenciamento de SIP.
Na década de 1970, o plano de dados também foi projetado inicialmente com base em conexões ponto a ponto. Na última década, esta arquitetura foi completamente superada.
Rede 4G alinhada com as melhores práticas do mercado
Quando o Diameter foi lançado pela IETF (The Internet Engineering Task Force), ele incluía os conceitos de Diameter Agents que podem representar, rotear e balancear o tráfego do Diameter para atender aos requisitos de escalabilidade e gerenciamento. No entanto, quando a 3GPP – o fórum que organiza os padrões das redes móveis 3G e 4G LTE – promoveu o Diameter como a base para sinalização nas arquiteturas IMS e EPC, deixou de fora os Diameter Agents. Isso foi corrigido anos depois, quando a 3GPP propôs o uso de um Diameter Agent para dar suporte ao tráfego do Diameter Signaling. Eles batizaram o novo agente de Diameter Routing Agent (DRA) e concordaram que sua presença em toda a rede era essencial para garantir a interoperabilidade com o PCRF (Policy Charging and Rules Function) e outros elementos, como as OCSs (Online Charging Systems).
A maior parte das operadoras já está estudando soluções de gerenciamento do Diameter Signaling em um ambiente LTE ou em qualquer rede baseada em IP. Eis aqui uma lista das razões para este movimento:
1. O crescimento do Diameter Signaling / cenarios multivendors
Este fato salta aos olhos dos gestores das operadoras de Telecom e coloca complexas questões para esses profissionais. É essencial, por exemplo, encontrar soluções de gerenciamento do Diameter Signaling com uma abordagem multiplataforma. Isso é importante porque a quantidade de sinalização associada às sessões de dados difere de um aplicativo/plataforma para outro e depende de padrões de configuração e uso. Além da necessidade de pontos estratégicos de controle e agregação, é essencial que os DRAs sejam capazes de normalizar o Diameter entre diferentes fabricantes. Não custa lembrar que o Diameter segue uma recomendação (RFC). E assim como o SIP, é possível encontrar diferentes “flavors” de Diameter.
2. A fragmentação das redes
As redes são muito mais fragmentadas hoje do que no passado, o que significa que são criadas com muito mais caixas. Obviamente, essa fragmentação determina a necessidade de interfaces de sinalização adicionais, o que resulta em maior complexidade. Isso tem um impacto na performance da rede. Outra tendência que influencia a fragmentação da rede é o número crescente de data centers que buscam formas de resolver a sinalização interna e externa (com outros data centers). A fragmentação crescente requer muito mais gerenciamento de sinalização para controlar o número cada vez maior de funcionalidades de rede, sites e interfaces. Isso é fundamental para proporcionar confiabilidade e segurança no desempenho de rede.
3. O crescimento dos padrões de uso
As operadoras têm de lidar com um grande número de padrões de uso da telefonia; um dos usos que está se impondo diz respeito ao fato de que smartphones e outros dispositivos de rede ficam o tempo todo conectados. Esse uso constante significa que estamos enviando mensagens de sinalização o tempo todo, por meio da rede 4G.
4. A necessidade de dar suporte a novos casos de uso
O Over the Top Trend (OTT) está dificultando a vida das operadoras. A concorrência crescente no mercado e a liberdade dos clientes de migrar facilmente entre operadoras afetam as receitas. Para compensar essa perda, as operadoras buscaram a diferenciação do serviço. Cada novo serviço requer soluções de sinalização para o suporte do próprio serviço e da sinalização adicional criada durante sua operação.
Outro fator que vale a pena mencionar é o crescimento no número de assinantes pré-pagos, uma febre no Brasil. O faturamento pré-pago cria mais sinalização, em comparação com o faturamento pós-pago tradicional.
5. Características do Diameter Signaling e a mudança para todas as redes IP
O protocolo Diameter sempre se baseia em pacotes e usa TCP ou SCTP como um protocolo de transporte para melhorar a confiabilidade. No entanto, o TCP cria o dobro de tráfego de rede devido à necessidade de realizar ACK de todas as mensagens. ACK significa que cada mensagem deve enviar um recibo. O envio de um recibo dobra automaticamente o número de mensagens de sinalização.
Todos esses argumentos deixam claro que a migração para uma rede de IP aumenta significativamente a quantidade de sinalização. A entrada em cena das redes 4G gera muito mais tráfego de dados e os dados provocam o crescimento da sinalização. As operadoras precisam confrontar a blitz da sinalização em várias frentes. Esta batalha de gerenciamento tem de ser claramente vencida para que as redes 4G apresentem a qualidade de serviço que o mercado espera.
6 Roaming entre operadoras – DEA

Todas as operadoras realizarão roaming Diameter entre suas redes 4G. O DEA (Diameter Edge Agent) deve ser capaz de prover segurança, atuando como firewalls Diameter, realizando o topology hiding, e a normalização do Diameter entre diferentes elementos de borda (DEAs) de diferentes operadoras e IPX.
Fonte: André Mello, country manager da F5 Networks Brasil

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Entenda a superioridade dos teclados mecânicos

Saiba como funciona esse tipo de acessório e descubra por que pode ser uma boa ideia investir na compra de um.


Fonte da imagem: Divulgação/Steelseries
Quando se fala em fazer um upgrade do computador, inevitavelmente trazemos à tona produtos como placas de vídeo, processador e placas-mães. Porém, dificilmente são levados em considerações os acessórios essenciais a uma máquina poderosa, como mouses e teclados, normalmente vistos como peças adicionais dispensáveis.

Apesar de desprezados, esses componentes podem fazer uma grande diferença no que diz respeito ao conforto proporcionado por uma máquina. Embora o mercado esteja inundado de produtos baratos que nos dão a ilusão de que todos os periféricos são iguais entre si, basta utilizar um dispositivo de qualidade para ver que a história não é exatamente essa.

Neste artigo, vamos explicar os motivos pelos quais investir em um teclado mecânico muitas vezes pode se mostrar uma escolha melhor para aumentar seu nível de conforto do que fazer um upgrade no hardware de seu PC. Especialmente para quem gosta de jogar ou usa o computador como ferramenta de escrita, um dispositivo do tipo pode virar rapidamente uma parte essencial de sua vida.


Convencional x Mecânico


A maioria dos teclados encontrados no mercado atualmente possui três camadas plásticas combinadas entre si que estão localizadas logo abaixo de seus botões. Quando a parte superior e a parte inferior desse material se conectam (quando você digita algo), elas enviam um sinal elétrico ao computador que indica qual letra, numeral ou símbolo deve aparecer na tela.

Já a camada central desse material possui um pedaço de borracha ou silicone em fórmula de cúpula que não só é responsável por fazer a ligação entre as demais partes, como providencia a resposta tátil que você sente ao apertar uma tecla. Tecnicamente, um teclado convencional opera usando os mesmos conceitos vistos em controles remotos ou nos controladores de fornos micro-ondas.
O interior de um teclado convencional
 (Fonte da imagem: 
Reprodução/Wikimedia Commons)

Em contrapartida, teclados mecânicos substituem essa película de borracha por molas ou outros mecanismos mecânicos. Isso se traduz em um retorno mais rápido das teclas à sua posição original e em uma redução na força necessária para digitar, já que os botões providenciam uma resposta tátil mais aguçada que vem acompanhada de um sinal sonoro bastante perceptível — o famoso “clique” que lembra o som produzido por máquinas de escrever.

Dispositivos do tipo também empregam uma camada de resina eletrônica recoberta por material condutor (cobre), o que permite que diversas teclas sejam pressionadas e registradas ao mesmo tempo. Esse feito, conhecido como “anti-ghosting”, possibilita digitar rapidamente sem que uma letra seja “perdida” acidentalmente, também se mostrando importante para jogos eletrônicos nos quais é preciso inserir diversos comandos em sequência.


Barulhentos? Depende de quem usa


Uma das principais críticas feitas aos teclados mecânicos é o fato de, quando comparados a dispositivos convencionais, eles produzem uma quantidade de barulho bastante acentuada. Embora isso não seja exatamente um problema quando o acessório é utilizado em um ambiente solitário, isso pode resultar em severos incômodos em locais que são divididos com outras pessoas, como escritórios e salas de aula.

Vale notar que o nível de ruído provocado por um dispositivo do tipo pode variar bastante dependendo da técnica de digitação de cada pessoa. Testes conduzidos pelo site PC World mostram que é possível que alguém com “dedos pesados” faça mais barulho em um teclado com película plástica do que outra pessoa que utiliza um dispositivo mecânico.

No entanto, é preciso aceitar que o “clique” de um acessório do tipo dificilmente vai passar despercebido. A única maneira de minimizar esse problema é escolher um tipo de keyswitch que se adapte tanto à maneira como você gosta de digitar quanto aos objetivos para os quais o produto será direcionado.

A tendência natural é que o volume provocado por um acessório do tipo diminua conforme você o utilize e se acostume com suas características únicas. Ao perceber que é preciso se esforçar menos para acionar um botão, tendemos a realizar movimentos de maneira mais delicada, o que diminui o “clique-clique” típico desses aparelhos. Só não espere que as pessoas a seu redor tenham paciência para aguentar o barulho enquanto você passa por esse processo de adaptação.

Preço: o grande vilão


O grande problema relacionado aos teclados mecânicos é o preço elevado que esses aparelhos possuem tanto no Brasil quanto no exterior. Enquanto nos Estados Unidos os modelos básicos não saem por menos de US$ 100, em território nacional o valor médio cobrado por dispositivos mais simples é de R$ 250.

Já os modelos que se dizem especializados em jogos eletrônicos podem custar ainda mais à sua carteira. O Steelseries 7 G, um dos produtos mais conhecidos e elogiados da categoria, chega a custar mais de R$ 500 em lojas especializadas — valor semelhante àquele cobrado pelos diferentes modelos do Razer BlackWidow.

Dessa forma, é preciso pensar em um teclado mecânico da mesma forma como pensamos em novas placas de vídeo ou em chips de memória RAM de nova geração, tarefa que se torna bastante difícil quando se leva em consideração que basta entrar em uma loja de informática qualquer para se deparar com acessórios cujo preço é um décimo daquele cobrado por um produto do tipo.

Vale notar que o preço elevado se traduz não só em um dispositivo mais preciso e veloz, mas também em algo mais resistente e duradouro. Enquanto um teclado convencional costuma apresentar problemas após você pressionar suas teclas 5 milhões de vezes, em média, um dispositivo mecânico é capaz de resistir a cerca de 50 milhões de pressionamentos — ou seja, em vez de ter que comprar um teclado barato a cada ano, você pode usar uma quantia semelhante de dinheiro para comprar um acessório que vai funcionar muito bem durante mais de uma década.

Vale a pena adquirir um?


Decidir pela compra de um teclado mecânico tem tanto a ver com a maneira como você utiliza o computador quanto com o que você espera de um bom acessório. Caso sua máquina seja usada principalmente para navegar por redes sociais e conferir rapidamente emails, adquirir um acessório do tipo se mostra dispensável.

No entanto, quem costuma utilizar o computador para escrever (seja para o trabalho, pesquisas escolares ou textos em blogs) deve achar o investimento em um teclado mecânico bastante válido. Não só um dispositivo do tipo permite que você digite mais rápido, como há a tendência de que seu número de erros ortográficos caia depois de certo tempo de uso.

A lógica por trás disso é bastante simples: graças às respostas tátil e sonora aguçadas, esse tipo de teclado permite que você acione teclas com menos esforço, o que se reflete em uma maior velocidade de escrita. A diminuição no número de caracteres repetidos se deve tanto à combinação desses elementos quanto ao efeito “anti-ghosting” dos aparelhos, que registram tudo aquilo que você digita sem que nenhum elemento seja “comido” acidentalmente.

Isso se mostra especialmente importante para jogadores que têm o PC como sua principal plataforma de jogos eletrônicos. Games como Torchlight II, Diablo 3, MMOs e MOBAs em geral (ou qualquer título que utilize vários atalhos) podem ser melhor aproveitados com o auxílio de um teclado mecânico capaz de registrar corretamente todos os comandos feitos por uma pessoa, por mais velozes que sejam seus dedos.

Infelizmente, só é possível sentir os benefícios proporcionados por um bom teclado mecânico depois de utilizá-lo durante algum tempo, algo que nem sempre é possível. No entanto, caso você possa ter essa experiência, não pense duas vezes antes de aproveitá-la — são grandes as chances de que após isso você nunca mais queira saber dos dispositivos que utilizam películas plásticas para funcionar.

Fonte: tecmundo