quinta-feira, 18 de julho de 2013

Vigilância dos EUA ameaça a confiança na computação em nuvem

Se Julian Assange do Wikileaks causou um enorme mal estar entre os governantes de várias nações devido ao vazamento de troca de correspondências confidenciais americanas, os dados vazados por Edward Snowden da National Security Agency – NSA foram muito além de constrangimentos governamentais afetando de forma direta a confiança dos usuários e empresas nos serviços de computação em nuvem prestados por empresas americanas, um prejuízo que está por vir e dificilmente será revertido.
Vigilância dos EUA ameaça a confiança na computação em nuvem
A voz de desconfiança sobre os prestadores de serviços de computação em nuvem norte-americanos começam a pipocar por todos os lados do planeta, na semana passada o ministro do Interior Hans-Peter Friedrich da Alemanha que é o oficial de segurança superior do país, advertiu pessoas e empresas preocupados com a privacidade para não utilizarem os serviços de informática de empresas baseadas nos Estados Unidos, segundo a Associated Press.

Vigilância dos EUA ameaça a confiança na computação em nuvem

Durante a ORGCon2013 o especialista em privacidade Caspar Bowden alertou os cidadãos europeus para não usarem serviços de nuvem hospedados nos EUA por suspeitas de espionagem. Ele disse que as leis americanas de vigilância cibernética permitem que as agências de inteligência acessem os dados de propriedade de cidadãos não americanos armazenados em servidores de computação em nuvem gerenciados por empresas dos EUA.
Ivo Opstelten ministro da justiça holandês havia afirmado em 2011 que provedores americanos de serviços de computação em nuvem poderiam ser excluídos das licitações do governo holandês devido às exigências do Patriot Act. Ele mais tarde alterou sua decisão, dizendo que era um conflito de legislação que inicialmente deveria ser resolvido entre governos mas ficou a sinalização clara para as empresas privadas não arriscarem seus negócios com provedores de serviços de nuvem americanos.
Vigilância dos EUA ameaça a confiança na computação em nuvem
O espectro de dúvida sobre a segurança dos dados na nuvem já custou negócios de empresas dos EUA no exterior. No final de 2011 a empresa aeroespacial britânica BAE Systems  cancelou seus planos de usar o Microsoft Office 365 devido a preocupações de privacidade de dados, de acordo com a publicação Computer Weekly. Empresas canadenses de prestação de serviços de saúde também evitaram a nuvem por medo de que dados sobre o estado de saúde de seus pacientes colocados nos servidores em nuvem gerenciados por empresas norte-americanas sejam examinados pela NSA de acordo com o Ars Technica.
As revelações feitas por Edward Snowden representam uma ducha de água fria para Microsoft, Google, Facebook, Amazon ou qualquer outra empresa de tecnologia com presença global que está lutando para ganhar posições no crescente mercado de serviços de computação em nuvem. Embora algumas delas estejam tentando demonstrar transparência de seus atos publicando “relatórios de conformidade” a cada dia que passa vêm a público novas revelações sobre a colaboração dessas empresas com as agências de vigilância americanas, fatos que prejudicam de forma irreparável  a credibilidade sobre a segurança e privacidade dos serviços de computação em nuvem.
Essas empresas terão que achar uma forma de salvar suas reputações depois deste festival de denúncias sobre a entrega de informações de clientes para as agências de vigilância americanas.   Agora elas deverão redobrar seus esforços para dissipar as desconfianças com a segurança e privacidade dos dados armazenados em nuvem, uma tarefa nada fácil. Os clientes possuem apenas um indicador objetivo até o momento…… 
SORRIA, você está sendo vigiado!!!!
Fonte: baboo

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