As baterias para notebooks, celulares, smartphones e tablets evoluem todos
os dias, mas o excesso de carga não os vicia?
Vamos ver o que pode estar
impedindo que seu gadget viva para sempre.
Na verdade vamos ver que chegamos a um período onde as baterias saturaram de
tecnologia e já não se espera assim tanta surpresa junto a novos aparelhos.
Será que meu smartphone está com a bateria viciada? Só porque eu fico o dia no Candy
Crush com o 3G e o GPS ligado pra não perder nada que acontece no
Facebook e também para fazer check-in no Foursquare?
Já dizia um velho ditado que “Grandes poderes exigem grandes
responsabilidades”, este ditado se aplica em partes no que queremos expressar
aqui. Ponto 1: As baterias estão muito boas para
conseguir suportar esta montanha de aplicativos e programas que estão em
funcionamento constante. Ponto 2: Mesmo potentes, elas
são incapázes de fazer este trem funcionar por mais de uma semana.
Se eu utilizo veementemente meu aparelho, fazendo dele meu companheiro
inseparável inclusive no sagrado momento do banheiro, não devo dar-lhe uma
colher de chá quando necessito recarregar a bateria em plena luz do dia?
Você utiliza tanto seu smartphone e seu tablet que eles estão mais para um
computador do que para um celular. Todo mundo lembra do tempo em que o celular
suportava dias de bateria on fire, mesmo com as horas de
atividade no game da cobrinha, lembra? Pois é, só que naquele tempo seu celular
logo precisava de uma bateria nova por conta da vida avançada dele, somada ao
material do qual era feita esta bateria, o níquel.
Nem precisamos falar da evolução total que os aparelhos de telefone tiveram
desde a década de 80, quando um telefone sem fio era do tamanho de um sapato ou
apelidado carinhosamente de “tijolo”. Naquele tempo as baterias tinham a
chamada memória – sistema que ficou conhecido como bateria viciada – que
determinava um fim gradativo para todos os aparelhos.
Efeito memória
O efeito memória da bateria se aplica apenas às baterias feitas de Níquel.
Ele ocorre quando as baterias feitas a partir deste material armazenavam
informações do nível de carga. Quando você colocava seu celular para carregar
sem que ele estivesse com a bateria “morta” e/ou tirava do carregador sem que
ele estivesse com a carga completa, ele simplesmente ia guardando estas
informações e enlouquecendo. As baterias de lítio, no entanto, não sofrem deste
problema, mas também não duram para sempre. A vida útil dela faz com que –
assim como os seres humanos ficam velhos e começam a esquecer-se das coisas – a
bateria vá perdendo virilidade e potência, ficam mais lentas e perdem aquela
carga total dos tempos de “moço”.
Graças à ciência que materiais mais leves, resistentes e potentes foram
encontrados e utilizados para nos dar baterias menores, com maior durabilidade
e não tóxicas.
Carga
Não sei se meu exemplo serve para alguém, mas tenho o costume de carregar a
bateria do meu smartphone todas as noites, independente da carga que ele esteja
– simplesmente pelo fato de não correr risco de ficar na mão no dia seguinte.
Mas porque estes aparelhos gastam tanta bateria?
Vemos nos manuais de cada aparelho apenas uma especificação que nos importa,
são os miliamperes por hora (mAh). Em tese, quanto maior é o numeral que vem
antes destes mAh, mais tempo dura a bateria. Mas o cálculo não é assim tão
simples. Na verdade é sim, mas o que não nos deixa descobrir exatamente qual é
a duração total da bateria de nosso aparelho é justamente a quantidade de
aplicativos que usamos todos os dias, alguns mais que os outros, sem falar
daqueles esporádicos e também os que nunca desligamos.
É fácil voltar no tempo e ver quais eram as funcionalidades desempenhadas
pelos celulares. Voltando rapidamente para nosso dia-a-dia estamos de fronte a
uma gama enorme de aplicativos e funções que nosso smartphone faz por nós. É
como se colocássemos pelo menos 10 utilidades mecânicas da nossa vida passada
que é hoje desempenhada somente por uma coisas, o smartphone ou tablet:
- Despertador;
- Agenda;
- Telefone (não pode faltar);
- Mensagens;
- Tirar muitas (MUITAS) fotos;
- GPS;
- Walkman, Diskman, Mp3…;
- Videogame;
- Livro (muita gente usa para ler);
- Navegar na internet.
Nesta lista estão duas funções que já eram realizadas nos celulares antigos,
mas certamente são muito utilizadas ainda nos dias de hoje, afinal, a função
maior de um smartphone é a comunicação.
Outro ponto que é importante ressaltar é o fato de que as baterias tem uma
vida útil. A grande maioria das fabricantes informa que seus produtos tem em
média uma vida útil de 500 recargas. Este valor não significa que ao chegar no
número 500 de recarga, sua bateria vai se autodestruir, todos os equipamentos e
produtos têm por padrão uma vida útil estimada, este tempo serve de informação.
O quanto elas
evoluíram?
Muito desta evolução na vida útil das baterias é sua composição química. A
antiga bateria feita de Níquel-Cádmio foi substituída sequencialmente pela
bateria de Níquel metal hidreto, na época além da maior duração no tempo de
uso, também ocupava menor espaço nos celulares. Já na década de 90 o lítio foi
implantado através de seus Íons, a bateria ficou conhecida por Li-Íon. De lá
para cá, os Íons de Lítio são muito utilizados pelas diversas fábricas de
baterias, diminuindo o espaço físico e aumentando a capacidade. Na metade dos
anos 2000 estes armazenadores de carga já estavam “livres” do vício.
Para dar um tapa na cara de quem pensa que a bateria de seu smartphone ou
tablet dura pouco, pense apenas que as primeiras baterias suportavam o máximo
de 1 hora de conversa. Pense agora em quanto tempo seu iPhone pode ficar ligado
só na conversa? Sem falar que o tempo de carregamento das baterias cresceu
muito nos últimos anos. Com o tempo máximo de conversa daquele tempo, você
recarrega a bateria de seu gadget tranquilamente.
Com relação ao tamanho, não precisamos nem procurar exemplos ou
infográficos. Apesar de ocupar grande parte do espaço no tablet e smartphone,
as baterias estão cada vez mais finas e duráveis.
Os smartphones e tablets de hoje, rodam vídeos ou filmes em full HD (1080p),
múltiplos aplicativos funcionando ao mesmo tempo, controladores de bateria,
antivírus, players de música, 3G, Wi-Fi e muito mais, tudo isso ligado durante
todo o dia.
Dica
Estudos indicam que a melhor utilização da bateria de seu smartphone ou
tablet se dá quando você:
- Não deixa a bateria morrer para pôr carregar;
- Não coloca para recarregar antes de consumir pelo menos
10% da carga da bateria;
- Coloca para carregar depois de ter gastado pelo menos
50% da carga na bateria.
Estas dicas já resolvem um bom bocado de dúvidas, certo?
Conclusão
As baterias não viciam, elas sofrem com a constante exigência de trabalho
árduo durante o dia e o descanso excessivo à noite. Elas trabalham muito para
durar o tempo determinado pelo fabricante, mas não conseguem suportar com
rendimento total até o fim de seus dias. Então, não se irrite com seu
smartphone ou tablet, entenda que com algumas diretrizes é possível preservar
por um tempo um pouco maior a vida útil de sua bateria.
Fonte: oficinadanet
Fonte: oficinadanet
Nenhum comentário:
Postar um comentário