Mais dados na mesma fibra
A melhor notícia é que a técnica utiliza as mesmas fibras ópticas que já estão instaladas e sendo usadas no mundo todo.
A técnica, conceitualmente simples, consiste em reduzir o espaço entre os pulsos de luz que transportam os dados.
Mas a simplicidade é apenas aparente, já que ninguém havia conseguido fazer isso antes.
Questão de pulsos
De forma simplificada, em uma fibra óptica o pico de um pulso de luz representa um 1, enquanto o vale entre dois pulsos representa um 0.
Para reduzir o espaço entre dois pulsos sem que um interfira com o outro, a equipe usou um tipo especial de onda conhecida como pulso de sincronização Nyquist, que tem um cume pontudo, em lugar do tradicional desenho de onda senoidal.
"Esses pulsos têm um formato mais pontudo, o que permite que eles se encaixem. Há ainda alguma interferência, obviamente, mas não nos locais onde nós efetivamente lemos os dados," explicou a pesquisadora.
Segundo ela, os pulsos de encaixar foram gerados com "99% de perfeição", o que permite teoricamente aumentar a quantidade de informações que trafegam em uma fibra óptica em 10 vezes.
Sincronização Nyquist
De forma simplificada, o formato de um pulso é determinado pelo seu espectro. Para gerar esses pulsos em formato de serra, o espectro precisa ser retangular, o que significa que todos os pulsos devem ser da mesma intensidade. Isso foi conseguido com um dispositivo padrão conhecido como grade de frequências.
Tudo pode parecer mesmo simples, mas, segundo a equipe, é um feito histórico, uma vez que ninguém até agora havia conseguido tirar proveito prático dos pulsos de sincronização Nyquist.
Como a tecnologia é totalmente óptica e baseada apenas em componentes já em uso, os pesquisadores acreditam que ela poderá ser utilizada de forma praticamente imediata.
Fonte: Inovacao Tecnologica
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